Medidas de proteção contra incêndios vão permitir intervencionar Serra do Marão em mais de 180 hectares

A candidatura tem incidência em 3 dos territórios que integram a CIM-TS, onde se inclui Baião, a que se juntam Amarante e Cinfães, e será executada em territórios comunitários (baldios e/ou perímetros florestais) das Serras do Marão e de Montemuro.

No Município de Baião, as intervenções totalizam uma área de 182,89 hectares e um investimento total de 55 968,90 €. As intervenções a efetuar consubstanciam-se na execução de parcelas de gestão/interrupção de combustíveis com recurso a meios mecânicos e/ou moto-manuais, correção de densidades excessivas e realização de fogo controlado.

O serviço já foi, entretanto, adjudicado e o contrato assinado no último dia 2 de maio, pelo que deverão arrancar no terreno nos próximos dias os trabalhos de limpeza.

O objetivo desta candidatura, e consequente ação no terreno, tem como linha geral a compartimentação do espaço florestal, no sentido de diminuir a área ardida em grandes incêndios e possibilitar um combate aos incêndios (direto ou indireto) mais seguro e eficaz, possibilitando a jusante, a defesa de pessoas e aglomerados populacionais. As operações vão permitir, ainda, regular e fomentar a atividade silvo pastoril e a atividade cinegética.

Ao todo, as intervenções resultantes da aprovação desta candidatura vão totalizar uma área de 754,90 hectares e um investimento total de 384 750,48 €. O plano de trabalhos vai respeitar o definido na Rede Primaria de Faixas de Gestão de Combustíveis, transpondo as medidas criadas a nível nacional para os Planos Municipais de Defesa da Floresta dos municípios em questão.

Recorde-se que a Câmara Municipal de Baião tem levado a cabo nos últimos meses um planeamento estratégico muito rigoroso relativamente à proteção civil, através do Plano Operacional Municipal, Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios e do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil que norteiam um conjunto de medidas concretas que regulam a defesa da floresta e/ou defesa de pessoas e bens contra incêndios: faixas de gestão de combustíveis na rede viária e industrial, a limpeza de 21 quilómetros junto às vias florestais na serra da Aboboreira e Castelo de Matos, para prevenir incêndios numa zona onde já foi realizado fogo controlado numa área de 75 hectares e a sensibilização da população para a prática correta de realização de queimadas e da gestão de combustíveis em torno de edifícios e de aglomerados populacionais, são disso exemplo.

Ainda muito recentemente, Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, convidou José Artur Neves, secretário de Estado da Proteção Civil, a vir a Baião, constatar no terreno, algumas dessas medidas já implementadas e outras em andamento. Artur Neves mostrou-se muito agradado com a forma como o concelho tem tratado e diligenciado nesta matéria. O edil baionense aproveitou para pedir ao secretário de Estado mais uma equipa de intervenção permanente para Baião, que ficará sediada nos Bombeiros Voluntários de Santa Marinha do Zêzere, uma vez que já tinha sido atribuída uma equipa com funções iguais aos Bombeiros de Baião.

Nesta sequência, importa lembrar, também, que o Plano Operacional Municipal prevê, na fase mais crítica de incêndios, a disponibilidade de 7 equipas diárias para uma primeira intervenção imediata em caso de perigo. As equipas serão constituídas por elementos dos Bombeiros Voluntários e por sapadores florestais. A estas equipas juntam-se, este ano, outras 6 equipas diárias, de Voluntariado Jovem para as Florestas, através do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), que farão vigilância e deteção.

Por forma a cumprir a legislação mais recente relativa à prevenção de incêndios florestais, o município de Baião tem estado a reforçar a atenção ao assunto. Para Paulo Pereira a aprovação desta candidatura, “veio em boa hora e é mais um contributo precioso a juntar-se aos trabalhos que neste momento decorrem no terreno. Temos todos os nossos meios humanos e materiais apontados à questão da floresta, particularmente no que diz respeito à segurança de pessoas e bens. E pedimos, assim, alguma compreensão à população para o facto de algum atraso noutro tipo de limpezas, que oferecem menos perigosidade”. O autarca lembra que é necessário que os cidadãos também cumpram a sua parte, pedindo o empenho de todos na preservação da floresta. “Só com uma floresta cuidada e preservada podermos estar mais seguros diante dos incêndios que eventualmente possam acontecer na fase mais crítica de calor”, remata.