Número de desempregados desceu no concelho de Baião

Em março do ano anterior estavam inscritos no IEFP 1575 desempregados. Os dados agora conhecidos revelam que houve uma redução de 319 inscrições situando-se em 1259 o número de pessoas que neste momento se encontra em situação de desemprego.

Do território da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM-TS), Baião é o terceiro município com a maior descida registada. Esta descida é superior à média da descida registada na CIM-TS, no Norte e em Portugal.

Numa altura em que Portugal enfrenta vários desafios na esfera da competitividade, acrescidos do combate ao desemprego, nomeadamente de longa duração, bem como com a luta pela inclusão e pelo combate das desigualdades e discriminações que possam advir pela falta de literacia e/ou formação profissional, a Câmara Municipal de Baião tem encetado esforços nos últimos anos para qualificar os seus cidadãos.

Nós últimos 5 anos o Município integrou uma média anual de 501 formandos, em ações de formação, de diferentes tipologias e áreas de qualificação, tão diversas como agricultura, saúde, geriatria, turismo, línguas ou comércio.

Neste período, participou em processos de implementação de formação à medida das necessidades das empresas, nas áreas do têxtil e do calçado, tendo como objetivo a qualificação profissional dos formandos e a sua posterior integração em postos de trabalho.

Dos 83 formandos que participaram e concluíram cursos de formação sugeridos pela autarquia, foram integrados nas empresas cerca de 54%. Outros 30% também obtiveram emprego, de forma autónoma, em consequência da conclusão de várias ações de formação onde participaram.

José Pinho Silva, vice-presidente da Câmara Municipal de Baião, responsável pelo pelouro da Formação e Qualificação Profissional, reconhece que, “pese embora ainda haja muito trabalho pela frente, estes números agora conhecidos são muito animadores e revelam que, mais uma vez, o Município está no bom caminho na luta feroz contra o desemprego que, infelizmente, é um problema do país e não apenas de Baião”.

O autarca lembra, ainda, as vantagens da formação profissional como “um agente de valorização social das pessoas e de mudança fundamental no processo de ajustamento das qualificações profissionais e das competências dos indivíduos às exigências da sociedade e do mercado de trabalho”. José Pinho Silva reforça o facto de a formação ser cada vez mais uma “componente do emprego, quer seja através da valorização dos recursos humanos, da oferta de mão-de obra mais qualificada ou do contributo para a inserção na vida ativa”.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Baião reconhece que, muitas vezes, os cidadãos que frequentam cursos de formação são estigmatizados, “injustamente, porque se diz que não querem trabalhar”. Pinho Silva lembra que “é importante que as entidades empregadoras se envolvam ativamente nos processos de formação e de emprego, nomeadamente criando condições de trabalho justas para que se consigam trabalhadores motivados e disponíveis no mercado”, conclui.

A Câmara Municipal de Baião tem, também, além da formação profissional, uma série de outros apoios na sequência do diagnóstico das necessidades internas relativas ao emprego que diariamente são monitorizadas pelo Gabinete de Inserção Profissional da autarquia, legalmente acordados com o Serviço de Emprego de Amarante: informação profissional para jovens e adultos desempregados; apoio à procura ativa de emprego; acompanhamento personalizado de desempregados em fase de inserção ou reinserção profissional; captação de ofertas junto de entidades empregadoras; divulgação de ofertas de emprego e atividades de colocação ou o apoio aos utentes na elaboração de currículos, na elaboração de cartas de apresentação e candidaturas espontâneas, na resposta a anúncios e ofertas e na preparação para entrevistas, por exemplo, entre várias outras medidas.