As portas da 13ª edição do Festival do Anho Assado e do Arroz do Forno de Baião abriram na sexta-feira, dia 27 de julho, às 19h00, e só se fecharam no domingo, 29 de julho. Durante 3 dias houve mesa farta e recheada com sabores tradicionais de Baião, na Feira do Tijelinho.
O Festival marcou o ponto alto do verão por terras de Baião no que à boa gastronomia diz respeito. O protagonista da festa foi o anho assado, um manjar que em Baião é confecionado por mãos sábias e com ingredientes de grande qualidade.
“Conquistar os visitantes pela qualidade da gastronomia e dos nossos produtos, mas também pela simpatia e pelo bem-receber dos baionenses”. O presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, referiu, na cerimónia de abertura do certame, onde cumprimentou, um a um, produtores e restaurantes presentes, que “estes dois fatores têm contribuído para a dinamização do turismo no concelho e que a tendência é de crescimento nos próximos anos”. E foi mesmo assim: a feira voltou a encher-se de turistas e apreciadores da boa gastronomia e estima-se que tenham sido servidas mais de 5000 refeições em 3 dias de festival.
Foi a Câmara Municipal de Baião que preparou o certame para que tudo se processasse nas condições ideais. A festa contou com três restaurantes, a quem coube a missão de confecionar a receita tradicional do Anho Assado, usando, para isso, os tradicionais fornos a lenha. Nestes fornos entraram os alguidares de barro com o anho e o arroz, cozinhados numa rica calda com várias carnes.
40 produtores juntaram-se à festa com um pouco do melhor que é produzido em Baião, onde se inclui o Biscoito da Teixeira, as compotas, os licores, o sumo de laranja natural, a ginja, a broa de milho, a doçaria, as amêndoas, o artesanato… um mundo de sabores, cores e arte que cerca de 10 mil pessoas provaram e/ou apreciaram diretamente.
Destaque, este ano, para o mirtilo, fruto cultivado no território por jovens agricultores, que tem conquistado cada vez mais adeptos. Até o gelado de mirtilo, presente pela primeira vez num evento do género, esgotou. Foram vendidas dezenas e dezenas de quilos de mirtilo.
O Festival do Anho Assado não se esgotou na gastronomia: houve espaço para a música e outras manifestações da cultura popular. Um dos pontos altos do evento foi a atuação da banda “Us sai Gatas” no sábado, dia 28, às 22h30. Destaque, também, para o Festival de Folclore no domingo à tarde, dia 29, que trouxe a Baião dois Ranchos externos, de Matosinhos e Vila Nova de Gaia, que se juntaram ao Rancho “As Ceifeiras de Valadares”. Pelo recinto passaram, também, grupos de Zés P´reiras, tocadores de concertinas e a Banda Marcial de Ancede.
O evento teve lugar num recinto especialmente montado para o efeito, com mais de 1700 metros quadrados onde couberam milhares de visitantes.
Os vinhos verdes da sub-região de Baião, com destaque para a casta Avesso, também marcaram presença e tão bem acompanharam a generosa refeição de Anho Assado com Arroz de Forno. O mesmo se pode dizer das Bengalas de Gestaçô e das Cestas de Frende, peças de artesanato muito representativas no concelho.
Turistas de todo o mundo elogiaram a organização do evento e a qualidade dos produtos de Baião. Do Brasil, Bélgica, Suíça, Itália ou Inglaterra, chegavam a todo o momento palavras afetuosas sobre as gentes de Baião e os sabores apresentados. Esta “viagem” foi assim, a cada almoço e jantar durante os 3 dias de evento.
Na cerimónia de encerramento do certame, José Lima, vereador dos Assuntos Económicos da Câmara Municipal de Baião, acompanhado em palco por todos os produtores participantes do Festival, mostrou-se muito satisfeito por constatar, de novo, o sucesso do evento, e agradeceu a todos, produtores e organização, o facto de ajudarem, com brio e dedicação, a levar o nome de Baião além-fronteiras. “13 anos de Festival é um desafio porque a ideia pode, à partida, parecer gasta. Mas não. Todos os anos este Festival nos surpreende. Todos os anos recebe cada vez mais pessoas. Todos os anos reafirma a sua importância. Vamos mantê-lo porque é uma boa montra do melhor que cá produzimos, e serve, também, como ponto de encontro dos vários emigrantes espalhados pelo mundo e que, nesta altura do ano, vêm matar saudades dos nossos sabores”.
Paulo Pereira remata: “Isto não seria uma realidade sem o excelente trabalho dos restaurantes, dos produtores locais, dos agentes de turismo, dos colaboradores da autarquia e de tantas outras entidades que todos os dias puxam Baião para a frente”.
Uma nova edição do certame está já garantida para o próximo ano.