A iniciativa voltou a juntar à mesa, pela terceira vez, a literatura e a gastronomia.
No local onde Eça de Queiroz se inspirou para escrever “A Cidade e as Serras”, dois escritores viraram cozinheiros.
O evento decorreu a 7 e 8 de junho no Restaurante de Tormes, em Santa Cruz do Douro.
A ideia partiu do jornalista Fernando Alves, cultor da boa literatura e da boa mesa, que desafiou os homens de letras, Alberto S. Santos e António Mota, a arregaçarem as mangas e a meterem “as mãos na massa”.
Na sexta-feira, Alberto S. Santos preparou um borrego com mel, que retrata a presença muçulmana na Península Ibérica vincada nos primeiros livros do escritor.
No sábado, o escritor António Mota, que está a celebrar 40 anos de vida literária, presenteou os comensais com uma ementa “à moda do campo” onde não faltou o arroz de vessada e os intrigantes milhões com roncante.
Os cozinhados beneficiaram do apuro dos chefes de cozinha baionenses António Pinto e António Queiroz Pinto.
Fernando Alves, um “escultor de palavras”, moderou a tertúlia nas duas noites, que teve comentários dos, também, jornalistas António Catarino e Pedro Pinheiro. A plateia “meteu uma colherada” na conversa.
Destaque para o espetáculo teatral “A vida no campo”, que abriu o primeiro dia do evento e onde os atores António Durães e Filipa Guedes deram vida às personagens do livro de Joel Neto.