A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, deslocou-se a Baião este sábado, 7 de março, para visitar a 15ª edição da Feira do Fumeiro, do Cozido à Portuguesa e dos Vinhos de Baião, que decorreu na Feira do Tijelinho.
Na sequência da sua visita, Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, acompanhado pelo restante executivo, e por vários agentes de desenvolvimento local, que fez questão de convidar – como vem sendo prática habitual nestas matérias – solicitou a Maria do Céu Albuquerque uma reunião de trabalho para lhe apresentar alguns projetos que a autarquia gostava de ver implementados no concelho e na região, bem como permitir uma troca de ideias entre todos.
Paulo Pereira deu início à sessão de trabalho lembrando que “o município de Baião, considera que o setor do agroalimentar representa um desafio e uma oportunidade para o desenvolvimento e dinamização da economia do concelho de Baião e da região, bem como para a promoção e competitividade do setor nos mercados nacional e internacional”. Nessa sequência, o autarca baionense explicou que “para a promoção e dinamização do setor, é fundamental a criação de uma estrutura de apoio aos produtores, que permitirá a cooperação e partilha de recursos por cidadãos e empresas, para melhor servir os mercados. Para além de uma vertente mais profissional, esta resposta pode adequar-se, também aos cidadãos que, tendo uma pequena produção agrícola como, por exemplo, um excedente de 100 ou 200 Kg de laranja que, pela pequena dimensão não a conseguem colocar no mercado. Mas se houver outro dez produtores nas mesmas condições, consegue-se escala e já será possível”
José Lima, vereador dos Assuntos Económicos, usou da palavra para fazer uma apresentação mais extensiva do projeto dando nota de que a ideia do executivo é a de “reconverter a antiga Adega Cooperativa numa espécie de Organização de Produtores que funcionará como um Centro de Incubação e Germinação de Novos Negócios, Formação e Investigação no setor agrícola e que comportará, entre outras valências, áreas de desenvolvimento de novos negócios, de apoio ao investimento, à inovação e internacionalização e com uma forte componente no armazenamento, logística e distribuição”.
O projeto, que já tem estudo e projeto de arquitetura concluídos, pretende criar condições aos produtores da região para a sua agregação através da organização de produtores, com todas as vantagens para todos quantos, aderindo a esta organização, queiram apresentar projetos agrícolas ou de dinamização do espaço rural, assim como criar comunidades rurais autossustentáveis, com espírito comunitário, na partilha de meios, técnicas, recursos humanos e materiais, atitudes, saberes, eventos/festas e outros e, ainda, criar uma Incubadora para formar, informar e dinamizar o espírito empresarial local e valorizar os projetos agrícolas, entre outros”, deu nota José Lima.
Além deste projeto, o executivo baionense deu também conta à Ministra da sua ideia para um curral comunitário em Mafómedes, com valência de formação, que permitirá a criação e produção integrada de gado caprino.
Visivelmente entusiasmada com a consistência e importância dos projetos apresentados, Maria do Céu Albuquerque tomou a palavra para elogiar a autarquia baionense por, “em matérias relacionadas com a agricultura, comungar das linhas orientadoras do Governo. Os projetos apresentados revelam muito boa pro-atividade do executivo e estão no bom caminho para se poder vir a encontrar uma fonte de financiamento para os pôr em prática”. Sem se alongar, a governante mostrou interesse em saber mais detalhes sobre os 2 projetos apresentados, propondo-se a vir a Baião muito em breve para “a afinação de alguns pormenores e para dar alguns contributos aos projetos”, que confirmou serem “importantes e muito relevantes”. Maria do Céu Albuquerque mostrou vontade em “acompanhar, colaborar e contribuir na definição dos projetos finais antes da sua submissão a eventuais linhas de financiamento que venham a abrir”.
Para a reunião de trabalho estavam ainda previstos outros assuntos transversais como sejam aqueles dinamizados pela Associação de Municípios do Baixo Tâmega, pela Dólmen e pelos Grupos Operacionais, mas que, por sugestão da ministra, serão explorados em detalhe na sua próxima visita. Aguarda-se a data da nova reunião de trabalho.