Prioridade máxima à proteção da saúde pública leva a cancelamento de eventos de grande dimensão

Diversos eventos públicos, de grande dimensão, que teriam lugar nos próximos meses, no concelho de Baião, podendo originar grandes ajuntamentos, não vão realizar-se. A decisão foi tomada hoje, durante uma reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil, na sua composição alargada.

 

Foi entendido que neste momento não estão reunidas as condições sanitárias para que os eventos possam ter lugar, sem que isso aumente o risco de contágio entre os participantes e, também, no seio da própria comunidade baionense.

 

Ficarão, assim, sem efeito iniciativas de promoção dos produtos, da gastronomia e da cultura do concelho, como o Festival do Anho Assado e do Arroz do Forno, as Festas Concelhias e de S. Bartolomeu ou o Encontro Concelhio de Emigrantes.

 

Também o Passeio Sénior de Baião, que todos os anos em setembro junta milhares de cidadãos do concelho, não irá ter lugar este ano.

 

A Feira das Tasquinhas e do Vinho Verde, organizada pela Junta de Freguesia de Santa Marinha do Zêzere, com o apoio da autarquia, não deverá também ter lugar.

 

Os eventos gastronómicos – Festival do Anho Assado e do Arroz do Forno e Feira das Tasquinhas – poderão evoluir para iniciativas mais pequenas, localizadas nos espaços de restauração e sempre respeitando a sua lotação e as regras definidas pela Direção Geral de Saúde.

 

O mesmo poderá acontecer com as Festas Concelhias, que poderão ser assinaladas mediante a realização de eventos muito pontuais e de pequena dimensão, que seja possível controlar e adequar às regras definidas pela Direção Geral de Saúde.

 

O Grande Prémio de Baião em Motonáutica também não deverá realizar-se, face à conjuntura mundial e à redefinição de prioridades por parte do Turismo de Portugal, que, no âmbito da pandemia da COVID-19, poderá não apoiar estes eventos.

 

O presidente de Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira lamentou que não haja condições para a realização das iniciativas nos moldes habituais, porque estas assumem uma grande importância para os baionenses e para a atração de pessoas ao concelho.

 

A delegada de saúde de Baião, Gabriela Saldanha, disse que a batalha contra a COVID-19, no nosso país e em todo o Mundo, ainda não foi vencida e que a mesma continua a representar grandes desafios, aumentados por exemplo pela abertura de fronteiras e pelas férias de verão.

Gabriela Saldanha disse que qualquer iniciativa que represente um ajuntamento superior a 20 pessoas é altamente desaconselhável e que a preservação da saúde dos cidadãos tem de ser a prioridade.

 

Estas decisões contaram com a participação e contributo das entidades presentes na reunião, nomeadamente Associação Empresarial de Baião, Agrupamentos de Escolas, Associação Nacional de Farmácias, Bombeiros, GNR, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Presidentes de Junta e Segurança Social.

 

Na reunião foi elogiado o modo como as entidades têm colaborado no concelho de Baião, sempre em estreita articulação e realizando um trabalho de grande proximidade no apoio aos cidadãos e na disponibilização de informação aos mesmos. Foi entendido que a situação tem estado controlada no concelho de Baião, mas que há que continuar a ter grandes cautelas e a seguir as regras de proteção já conhecidas.

 

Na reunião foi também aprovada a desativação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil no concelho de Baião, que estava ativo desde 27 de março. A decisão foi tomada pela Comissão Municipal de Proteção Civil, em virtude da evolução que tem existido na generalidade do território nacional, que saiu do estado de calamidade, encontrando-se agora no estado de alerta.