A Vereadora da Educação, Anabela Cardoso, participou na reunião de concertação da rede de oferta formativa profissionalizante do Tâmega e Sousa para o ano letivo 2022 / 2023, realizada no dia 3 de maio, em Penafiel.
A oferta formativa aprovada é reflexo de um trabalho de planeamento e concertação entre a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM-TS), entidade responsável pela coordenação deste processo, a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP), a Direção-Geral de Estatística da Educação e Ciência (DGEEC), os 11 Municípios que integram a CIM-TS e os 33 estabelecimentos de ensino da região.
Para o ano letivo 2022 / 2023 está previsto que esta oferta contemple 55 cursos profissionais distribuídos pelas escolas dos concelhos que fazem parte da CIM-TS.
No caso de Baião, foram propostos para o Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil, os cursos de Técnico de Eletrónica e Telecomunicações, Técnico de Restaurante e Bar, Técnico Auxiliar de Saúde e Técnico de Informática- Sistemas.
OFERTA DIVERSIFICADA A PENSAR NAS SAÍDAS PROFISSIONAIS
Anabela Cardoso, referiu que “esta nova oferta de cursos profissionalizantes é resultado de uma abordagem estratégica que tem como foco valorizar e reforçar a qualidade do ensino profissional, adequando os perfis de formação aos interesses dos alunos.
Para além disso, garante uma articulação mais efetiva entre as ofertas formativas e as oportunidades de inserção no mercado de trabalho, ou seja, não faz sentido valorizar cursos que não tenham saídas profissionais e, nesse sentido, esta concertação é muito importante.
O facto de permitir também que a oferta seja o mais diversificada possível é também algo que nos agrada, uma vez que desta forma se evita a sobreposição das ofertas formativas e garante aos alunos mais opções. Ou seja, em Baião vamos ter quatro cursos, no entanto, ninguém fica limitado pelas ofertas do próprio concelho, pois pode optar por qualquer um dos 55 cursos disponíveis, independentemente da sua residência.”
REORDENAR, RACIONALIZAR E REABILITAR A REDE ESCOLAR
A Legislação, bem como a Carta Educativa, aprovada em 2021, tem como um dos princípios orientadores para o reordenamento da rede de oferta do 1.º Ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar, o encerramento progressivo de escolas isoladas e com poucos alunos.
Quer em termos pedagógicos, quer ao nível da socialização das crianças, este tipo de situações é prejudicial e, como é natural, existe a preocupação de proporcionar exatamente as mesmas condições a todos os alunos, seja ao nível dos equipamentos, infraestruturas ou recursos didáticos, de modo que todas as crianças tenham acesso a um ensino de qualidade e igualdade de oportunidades no que concerne à sua educação.
Os Jardins de Infância de Lordelo, Ancede; Rua, na Teixeira; e da Igreja, em Viariz, merecem especial atenção, uma vez que possuem um número reduzido de alunos face à capacidade máxima dos estabelecimentos escolares, e não se vislumbra um aumento do número de crianças.
A responsabilidade de encerrar estabelecimentos escolares compete ao Ministério da Educação e à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), sendo que os cenários traçados foram já objeto de discussão no Conselho Municipal de Educação e numa reunião realizada entre a Vereadora da Educação e o Delegado Regional do Norte da DGEsTE, Sérgio Afonso.
A diminuição do número de crianças poderá conduzir ao encerramento, a curto prazo, de jardins de infância com menos de sete crianças, garantindo-se, contudo, a sua integração noutros estabelecimentos de proximidade.