MACC Baião apresenta exposição de fotografia de Renate Graf “Graças aos Deuses”

O Mosteiro de Ancede Centro Cultural Baião (MACC) acolhe, desde o passado sábado, dia 6 de janeiro, mais uma exposição internacional, desta vez de fotografia, da autoria de Renate Graf, com o título “Graças aos Deuses”, composta por 48 obras. A artista austríaca trabalha maioritariamente com fotografia analógica e tiragens a preto e branco, produzindo imagens de grandes formatos, reveladas em câmara escura através de processos tradicionais.

A vereadora da Cultura da Câmara Municipal, Anabela Cardoso, sublinha que se trata de “mais uma excelente exposição, em linha com a qualidade dos eventos que temos vindo a promover no MACC Baião e em outros espaços culturais do concelho, e que continuamos a reforçar, consolidando a dinâmica que preconizamos no âmbito da promoção cultural, que vai muito além das fronteiras do nosso concelho e da região, projetando-se a nível internacional”, sublinhou a autarca.

Renate Graf é uma das grandes referências mundiais da fotografia. O seu trabalho encontrou na literatura e na poesia a inspiração para se dedicar à fotografia, uma vez que, durante as suas leituras, determinadas imagens surgem na sua mente, levando-a a documentar o que lê através da imagem fotográfica.

De acordo com as suas notas biográficas, escritores e poetas como Fernando Pessoa, Rainer Maria Rilke, Tagore, T. Eliot, Edmond Jabès, Paul Valéry e Herman Broch são uma fonte constante de inspiração.

O cinema também desempenha um papel importante no seu trabalho, tendo em diretores de cinema como Wim Wenders, Jean-Luc Godard, Werner Herzog, Visconti e Tarkovsky, referências importantes para criar, através de seu olhar, imagens únicas.

Sobre o seu trabalho, referiu que não é “fotógrafa, no sentido clássico. As minhas imagens existem para servir um propósito diferente do de qualquer verdadeiro fotógrafo, não são completas nem conclusivas. Tampouco são fotografias perfeitas na busca de uma perfeição técnica. Trabalham não apenas como imagens, mas como linguagem, como sinais apontando para um significado…não definem, testemunham, e na variedade cultural de um universo, são uma linguagem por si só, a minha linguagem para descrever o que vejo”, explicou a artista.

A mostra, patente ao público no MACC Baião até ao dia 31 de março, pode ser visitada de terça-feira a domingo, entre as 10h30 e as 12h30, e entre as 14h15 e as 17h00.

As visitas, com um custo de 5 euros, decorrem por marcação para os seguintes contatos:

968 476 164

mosteiro.ancede@cm-baiao.pt

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