Esta celebração foi concebida pela Câmara Municipal de Baião em 2016, altura em que se assinalaram 950 anos da existência de um documento histórico de grande importância alusivo ao concelho. Estas iniciativas inserem-se na estratégia de valorização da história do concelho que, entre outras apostas contempla a publicação da História Social e Económica de Baião por parte da autarquia baionense.
DA MÚSICA, ÀS LETRAS, PASSANDO PELO DESPORTO
A sessão terá início às 15h00 com a abertura a cargo da vice-presidente da Câmara Municipal, Ivone Abreu e dos presidentes da Assembleia e da Câmara Municipal, respetivamente José Pinho Silva e Paulo Pereira.
Sobem depois ao palco as duas bandas musicais do concelho, para um momento de grande simbolismo e significado, dado que se trata de uma ocasião ímpar, em que as formações musicais atuam sob a orientação do mesmo maestro e juntas em palco.
O momento dedicado aos testemunhos de personalidades baionenses contará com três intervenções: a do escritor António Mota, a do árbitro internacional FIFA António Almeida e a do futebolista profissional Ricardo Vaz Monteiro, conhecido no mundo do futebol por Tarantini. A moderação estará a cargo da jornalista Susana Ferrador, também ela baionense.
A sessão terminará pelas 17h30, com mais um momento musical, a cargo das bandas musicais.
UM CONCELHO COM RAÍZES PROFUNDAS NA HISTÓRIA
A iniciativa Dia do Município, destinada a valorizar a história e a identidade do concelho teve início em 2016. A data escolhida remete-nos para a referência documental mais antiga de que há conhecimento sobre o concelho de Baião: um diploma datado de 24 de março de 1066 que estabelece a doação de oito “villae” situadas na terra de “Bayan” ao rei Garcia, da Galiza.
“Entendemos que esta data seria a ideal para acolher uma cerimónia solene onde procurássemos enaltecer a riqueza histórica e cultural do nosso concelho, mas também valorizar o exemplo de cidadãos baionenses que obtiveram reconhecimento público nas mais diversas áreas de atividade, dignificando o nome de Baião”, contextualiza o presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira.
O documento de 1066 encontra-se guardado no arquivo da Torre do Tombo e foi pela primeira vez integralmente publicado em 1869 por Alexandre Herculano. Desde então o documento foi já valorizado por diversos historiadores, sendo também referenciado na obra “Baião Através dos Tempos”, do jornalista baionense José Alberto Gonçalves.
A investigação para a História Económica e Social de Baião trouxe uma “nova luz” sobre este documento. Nomeadamente os trabalhos referentes ao volume “Em Torno do Ano Mil” de António Lima, permitiram a interpretação do diploma, nomeadamente no que diz respeito aos lugares nele referidos, proporcionando avanços no conhecimento do processo de construção dos diferentes vetores da identidade do atual concelho de Baião.