Realizou-se nos últimos dias uma visita de avaliação às condições fitossanitárias e do estado biomecânico das árvores situadas no Jardim de S. Bartolomeu, Jardim Dr. Teixeira da Silva, Rua de Camões, Rua Frei Domingos Vieira e Rua do Grandal na vila de Baião.
O estudo foi feito por uma Comissão Técnica constituída pelo Comandante Operacional Municipal da Proteção Civil, José Manuel Ribeiro, pelo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Baião, José Costa, e pelo encarregado das equipas de Jardinagem da Câmara Municipal de Baião, David Monteiro, acompanhado por Álvaro Valente, tendo-se concluído que 8 árvores deverão ser abatidas porque representam riscos para os utilizadores dos jardins e das vias. Todas as árvores removidas vão ser substituídas por outras de menor porte.
Após a peritagem concluiu-se que será no Jardim de S. Bartolomeu onde se procederá a uma maior intervenção. Vão ser abatidas 4 árvores: 1 ailanto e 3 pseudotsugas. De acordo com José Manuel Ribeiro, o ailanto “está num estado fotossanitário extremamente precário, que é generalizado, e pode cair a todo o momento” e as pseudotsugas “apresentam uma atrofia no sistema radicular”, devido ao grande porte, e também se encontram “em risco de queda”.
No Jardim Dr. Teixeira da Silva “há uma tília de grande porte que representa perigo eminente para a praça”. O sistema radicular da árvore “já derrubou o próprio muro de suporte do espaço” e, neste momento, “é necessário proceder à sua remoção porque não é seguro que fique como está”.
Na Rua de Camões detetou-se que uma “criptoméria apresenta inclinação acentuada sobre a via pública e que não reúne condições de segurança”. Vai ser abatida e substituída por uma árvore de menor porte.
O mesmo acontece na Rua Frei Domingos Vieira. 2 abetos “apresentam um sistema radicular manifestamente atrofiado, devido à impermeabilização dos solos, o que, conjugado com o seu grande porte, pode indicar risco eminente de queda”.
Na Rua do Grandal a intervenção será mais simples. A comissão técnica apenas encontrou problemas num carvalho escarlate que só será intervencionado a fundo ao nível da poda porque “apresenta copa com distribuição e peso assimétrico, o que pode indiciar a queda de ramos”.
O comandante da Proteção Civil, José Manuel Ribeiro, dá conta de que “as intervenções vão realizar-se nos próximos dias e que a boa manutenção das árvores é normal e necessária em qualquer espaço para que elas se desenvolvam equilibradamente e possam ser usufruídas na plenitude pelos munícipes, cumprindo todas as regras de segurança”.
Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, lembra, com tristeza, a tragédia que assolou o Funchal no verão passado. “A queda de uma árvore de grande porte tirou a vida a 13 pessoas. Esta peritagem às árvores de grande porte no concelho, sobretudo as que estão localizadas em espaços movimentados, é absolutamente necessária para garantir a integridade de pessoas e bens. Não iremos facilitar, sob nenhum aspeto, nas decisões que tivermos que tomar relacionadas com esta matéria. A segurança das pessoas estará sempre em primeiro lugar”. O autarca dá conta, ainda, de que “nem sempre uma árvore visivelmente saudável por fora, reúne todas as condições de segurança para se manter no solo. O parecer das comissões técnicas, que analisam estes casos a fundo, é sempre tido em conta e absolutamente determinante antes de ser abater qualquer espécie”.
Nos próximos dias as equipas de Jardinagem da Câmara Municipal estarão no terreno a cumprir o plano de segurança estabelecido, removendo, substituindo e podando várias árvores.