Enchente no 18.º encontro concelhio de Cantadores de Janeiras em Ancede

18 grupos vindos de dentro e fora do concelho juntaram-se para mais um encontro de gerações. O fio condutor foi a música, e a aliança entre a energia das crianças do presente com as memórias de infância dos idosos continua a ser muito vivenciada e aplaudida por todos. O evento voltou a ser um sucesso.

Foram quase 300 os cantadores que este sábado, 26 de janeiro, se juntaram em Ancede para provar que a tradição de cantar as janeiras se encontra bem viva. De miúdos a graúdos ninguém quis ficar de fora desta grande festa que reuniu no mesmo espaço 18 grupos oriundos, fundamentalmente, de várias freguesias de concelho.

A iniciativa cumpriu a sua 18ª edição e a cada ano acorrem à festa cada vez mais pessoas. O evento decorreu na tenda contígua ao Mosteiro de Santo André de Ancede, que tem capacidade para acolher os participantes assim como os muitos espectadores que estiveram a assistir sem arredar pé, até bem perto das 2 da manhã, a uma noite de cultura e tradição.

Os cantadores integram diversos grupos em representação de associações culturais, desportivas e recreativas do concelho. Foram eles a Escola de Música da Casa do Povo de Campelo; o Centro de Estudos de Ancede, Cool Kids; o Grupo de Novos Jovens de Santa Cruz do Douro e São Tomé de Covelas; o Grupo de Jovens da Paróquia de Ancede; o Rancho Folclórico de Baião; a Associação de Concertinas e Bombos de S. Tiago de Queimada; o Grupo “Viver a Vida” de Ancede; Associação de Concertinas do Lameirão; Rancho Folclórico “As Ceifeiras de Valadares”; Associação “Os Alegrinhos”; Paróquia de São Miguel de Tresouras com o grupo “Arte da Terra”; Grupo Coral da Paróquia de Ancede; Rancho Folclórico de Ancede, Grupo de Bombos da Associação Desportiva de Ancede; Rancho Folclórico de Ancede, Grupo “Santo André de Ancede”; Associação Porto de Baião; Banda Marcial de Ancede e Associação Desportiva de Ancede.

O sucesso do evento em muito se deve à fiel participação dos grupos que têm assinalado a sua comparência desde o primeiro ano. São eles que também pesquisam, recolhem e registam um reportório popular que de outra forma se perderia. As músicas cantadas há décadas são lembradas com muita alegria.

A união de freguesias de Ancede e Ribadouro tem acolhido a iniciativa desde a sua primeira edição. Daniel Guedes, presidente da junta, lembra que a génese do evento está na “valorização do trabalho desenvolvido pelas associações culturais e na preservação das memórias e das raízes populares”.

Baião é um dos concelhos nortenhos que mais tem trabalhado na preservação das tradições que fazem parte da sua história. Ao longo do ano são várias as iniciativas do género que a autarquia faz questão de promover.

Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, que, a par com Daniel Guedes e demais elementos do executivo autárquico, esteve na primeira fila, mostrou-se muito entusiasmado. O autarca cantou as músicas de todos os grupos e, no final, junto dos cantadores revelou-se “muito satisfeito e agradecido pelo facto dos baionenses, tal como a autarquia, terem a mesma visão no que à preservação das tradições diz respeito”. Para o edil baionense “este género de eventos, que a autarquia faz questão de não deixar esmorecer, são a prova viva de que a cultura, a identidade, a confraternização e a amizade estão bem enraizadas em Baião”.

O evento durou noite dentro com muita música, muita alegria e boa disposição.