COVID-19: Comissão de Proteção Civil analisou situação no concelho

A Comissão Municipal de Proteção Civil de Baião reuniu a 1 de fevereiro, na sua composição restrita, para analisar a situação atual da pandemia por COVID-19 no concelho e para definir novas formas conjuntas de atuação.

Participaram na reunião todo o executivo camarário, o coordenador municipal de Proteção Civil, a delegada de saúde concelhia e os comandantes da GNR e dos corpos de bombeiros de Baião e de Santa Marinha do Zêzere.

O presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, agradeceu o modo empenhado e solidário como as diferentes entidades têm cooperado na proteção dos cidadãos baionenses.

Paulo Pereira informou que se prevê que nova etapa de vacinação contra a COVID-19 (cidadãos maiores de 50 anos com determinadas doenças e cidadãos maiores de 80 anos) arranque nos próximos dias na região do Baixo Tâmega.

Segundo informação que começou a circular, a vacinação deverá, numa primeira fase, ser feita em três locais onde já funcionavam as Áreas Dedicadas à COVID-19 (ADC) – Amarante, Cinfães e Marco de Canaveses. Neste enquadramento, os cidadãos baionenses seriam vacinados no Marco de Canaveses.

Paulo Pereira disse que discorda frontalmente dessa abordagem e que fez essa comunicação, já durante o último fim-de-semana, aos responsáveis locais, regionais e governativos a nível nacional.

Entende que nesta fase de confinamento, e de elevada incidência da doença, onde os transportes não funcionam em pleno, os cidadãos não deveriam ter de sair do município onde vivem para serem vacinados.

Paulo Pereira defende que a vacinação deveria ser feita em cada município, tal como já foi feito com a vacinação para a gripe e com a vacinação contra a COVID-19 nos lares.

Em Baião existem ainda boas condições, materiais e humanas, para realizar a vacinação contra a COVID-19, estando a Câmara Municipal de Baião disponível para auxiliar no reforço da logística necessária.

Apesar de a vacina começar a chegar, a delegada de Saúde, Gabriela Saldanha, referiu que não se pode “baixar a guarda”. Devem ser cumpridas todas as regras de proteção contra a COVID-19, porque a imunidade máxima só é alcançada 7 dias, em média, após a segunda toma da vacina. Acresce a isso que existem sempre riscos de uma elevada circulação do vírus, até que se atinja uma elevada imunidade de grupo na sociedade.

Os Bombeiros de Baião e Santa Marinha do Zêzere, disponibilizaram-se para junto com a Autoridade Local de Saúde e o serviço de saúde poderem prestar informação útil aos cidadãos que os contactem, e para poderem fazer a avaliação de risco e o acompanhamento de todos os casos em isolamento profilático, de forma a quebrar as cadeias de transmissão da doença.

Os bombeiros de Baião e de Santa Marinha do Zêzere, nas pessoas dos comandantes José Costa e Márcio Vil, manifestaram também disponibilidade para colaborar em novas ações de sensibilização sobre cuidados a ter com a pandemia por COVID-19 – nomeadamente através da difusão de mensagens audiovisuais.

Em paralelo, o comandante da GNR de Baião, Artur Mota, informou que tem realizado várias ações destinadas a dissuadir comportamentos incorretos, nomeadamente através da realização de operações STOP e fiscalizações de estabelecimentos comerciais.

Desde o início deste ano que as forças de segurança receberam mais poderes legais para poderem aplicar multas a cidadãos que desrespeitem regras como a proibição de circulação entre concelhos, o dever de recolhimento em casa ou a obrigatoriedade do uso de máscaras. As coimas podem ir de 100 a 500 euros para pessoas singulares e de 1000 a 10 mil euros, no caso de pessoas coletivas (empresas). No entanto, durante o estado de emergência, os valores mínimos e máximos das coimas previstas são elevados para o dobro, ou seja, passam a ir de 200 a mil euros para singulares e 2.000 a 20 mil euros para coletivas.