Avanço da obra é sinal positivo para a concretização de outros projetos estruturantes para Baião
Está a concurso a obra de eletrificação da linha ferroviária entre Marco de Canaveses e Peso da Régua, numa extensão de 47 quilómetros – cerca de 21 no concelho de Baião -, por um preço base de 118 milhões de euros. Uma empreitada “estrutural e fundamental para a melhoria da mobilidade, conforto, segurança e qualidade de vida para as nossas populações, assim como para a atratividade e desenvolvimento económico de Baião”, sublinhou o Presidente da Câmara, Paulo Pereira, dando conta das várias diligências efetuadas no sentido da sua concretização.
Registando “com muito agrado” o avanço deste compromisso assumido pelo governo, o autarca lembrou a reunião de trabalho realizada em dezembro de 2022, nos Paços do Concelho de Baião, com a presença de dirigentes técnicos da Infraestruturas de Portugal e da empresa projetista, em que o projeto esteve em análise.
Também no que respeita à mobilidade do território, sublinhou o arranque, para breve, da obra de requalificação da EN 304-3, entre Teixeira e Teixeiró, Gestaçô e Santa Marinha do Zêzere, já adjudicada, mostrando-se otimista quanto à concretização de outros “eixos rodoviários fundamentais para o território”, com os quais o governo se comprometeu, nomeadamente a ligação de Baião à Ponte da Ermida e a variante à EN 211, entre Quintã (Marco de Canaveses) e Mesquinhata. Compromissos estes que o edil baionense fez questão de não deixar esquecer, em reunião que solicitou, realizada em Lisboa, no dia 30 de janeiro último, com o Secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, que acabava de ser empossado no cargo.
Paulo Pereira assegura que a eletrificação da Linha do Douro até à Régua, obra sinalizadora de que o governo irá honrar os compromissos assumidos com o território, “é de grande importância para Baião e para a sustentabilidade turística da região, atendendo a que estudos encomendados pela Infraestruturas de Portugal apontam para um crescimento de 104% do número de passageiros/utilizadores da linha do Douro até 2051”, frisando que, em face destes números, avizinham-se grandes desafios que serão decisivos para Baião e para a região”.
Reforço da coesão Territorial
O presidente da IP, Miguel Cruz, explicou que “a eletrificação do troço Marco – Régua irá potenciar fortemente a melhoria das ligações aos diversos núcleos urbanos, serviços e indústria localizados ao longo deste eixo ferroviário, assegurando o reforço da coesão social e territorial aliado à promoção da sustentabilidade do sistema de transportes“.
A IP especificou que a intervenção prevê a eletrificação integral do troço, a instalação do sistema de retorno de corrente de tração, terras e proteções (RCT+TP) e a execução de trabalhos acessórios para garantir as condições de eletrificação, nomeadamente a adequação/modernização dos ‘layouts’ (disposição das linhas) das estações, com substituição de material de via.
Inclui também o alteamento ou relocalização das plataformas de passageiros das estações e apeadeiros, o rebaixamento da plataforma dos túneis e a reabilitação/reforço pontual das estruturas e do revestimento e tratamento e reformulação do sistema de drenagem, bem como criação de lugares de estacionamento.
Estão ainda previstas intervenções em seis túneis existentes no troço – Juncal, Riboura, Loureiro, Má Passada, Santinho e Régua, e trabalhos de estabilização de um total de 40 taludes existentes ao longo do troço.
O concurso público decorre por um período de 90 dias, estando agora em fase de entrega de propostas.